Laserterapia em Cirurgia Bucomaxilofacial

Aexodontia de terceiros molares é um dos procedimentos mais realizados pelos cirurgiões bucomaxilofaciais. A intervenção envolve, invariavelmente, trauma ao osso e tecidos moles da região, o que acarreta maior chance de se desenvolverem alterações pós@operatórias como a dor, o edema e trismo. A reação inflamatória decorrente do trauma dependerá de fatores como a extensão da cirurgia, a manipulação dos tecidos e a resposta tecidual de cada indivíduo. No entanto, mesmo com uma técnica cirúrgica adequada, manifestações indesejáveis podem ocorrer. A modulação do processo inflamatório é, pois, desejável, sendo feita, sobretudo, com o uso de fármacos anti-inflamatórios. Terapias alternativas têm sido propostas, dentre elas, a utilização do laser de baixa intensidade. Vários estudos foram desenvolvidos para avaliar os efeitos terapêuticos desse tipo de radiação, em diversas especialidades médicas e odontológicas

O Laser tem sido indicado em várias situações nas clínicas médica e odontológica, devido a suas características de aliviar a dor, estimular a reparação tecidual, reduzir o edema e hiperemia nos processos inflamatórios, prevenir infecções, entre outras. Dessa forma, a laserterapia é utilizada para a bioestimulação óssea em casos de implantes e outras cirurgias bucais; para diminuir a dor e o edema nos casos de pós-operatórios diversos; em ulcerações aftosas recorrentes, herpes, nevralgias, hipersensibilidade dentinária; para ativar a recuperação em quadros de paralisia e parestesias (ALMEIDA-LOPES, 1997; ALMEIDA-LOPES, 2003).

A utilização do laser de baixa potência vem alcançando aceitação e credibilidade em várias áreas da odontologia. O princípio básico da terapia a laser é que a irradiação com comprimentos de onda específicos tem a capacidade de alterar o comportamento celular na ausência de aquecimento. Assim, os principais efeitos atribuídos a esse tipo de terapia são: a capacidade de acelerar a cicatrização tecidual; melhorar a remodelação e reparo do osso; restauração da função normal do nervo, após injúria; modulação da resposta inflamatória, estimulando a analgesia e a redução do edema; modulação do sistema imunológico (ROYNESDAL et al., 1993; WALSH, 1997; BRUGNERA & PINHEIRO, 1998; NEIBURGER, 1999; VIEGAS et al, 2005; MARKOVIC & TODOROVIC, 2006 e 2007; GENOVESE, 2007).

Por tais características, o LBI poderia complementar a ação anti-inflamatória de fármacos, além de acelerar a reparação tecidual, em cirurgias de terceiros molares. De fato, essa hipótese foi testada em vários estudos (TAUBE et al., 1990; CARRILLO et al., 1990; CLOKIE et al., 1991; ROYNESDAL et al., 1993; FERNANDO, et al., 1993; NEIBURGER, 1999; VIEGAS et al, 2005; MARKOVIC & TODOROVIC, 2006 e 2007, LAUREANO FILHO et al., 2008).

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